
Fita-Verde partiu, sobre logo, ela a linda, tudo era uma vez. O pote continha um doce em calda, e o cesto estava vazio, que para buscar framboesas.
Podia ser qualquer dia, mas que nada. Não havia lenhadores, nem polícia civil ou militar. Todos em batalha, nos arredores do palácio, sob olhares esbugalhados de quem devia estar prefeito, mas sonhava com a faixa verde-amarela.
Foi aí que bandidos e lobos tiraram proveito. Antes mesmo de ver vovozinha, a sombra da menina sumiu no pó. Sua fita verde imaginada caiu, e não foi encontrada nunca mais. Igualzinho para sempre, só que tudo ao contrário. Melhor nem contar.
História triste, que cala quem escuta. Nada de que nem e eu então. Só soluço e lágrima.
Baseado em Fita Verde no Cabelo, de Guimarães Rosa
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