Vejo tudo no passado.
O Sol já se pôs, e passo oito minutos me despedindo dele.
Percebo a Lua um segundo e meio depois. E o que está em volta dela com diferença de milhões de anos.
Por mais que brilhem frente a mim, seus olhos também são pretérito.
Perfeitos.
E a voz é mais-que-perfeita.
O presente está no toque, no beijo, no sexo.
terça-feira, 22 de abril de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Vejo tudo lilás.
O jogo do São Paulo já acabou, e a euforia toma conta de mim.
Percebo o Carlão um segundo e meio depois. Me aplaudindo de pé.
Por mais que cutuque atrás de mim, sua arma é pretérito.
Perfeito.
E a voz grave e doce é mais-que-perfeita.
O presente está no toque, no beijo, no sexo.
Este passado eu também quero ver...
Após ler este texto que mistura passado,presente e um toque de astrologia,não pude deixar de pensar em algo que li ou ouvi de alguém que dizia:"O sofrimento reside no passado e no futuro".No presente não temos nada para nos preocupar,o que foi, já foi e o que virá sei lá...
E aqui você nos mostra sua porção mais lírica, de homem sensível, em texto limpo, enxutinho, gostoso de ler. Caramba....ganhou uma leitora! Beijim
Renato, meus parabéns, este jogo de palavras é digno de publicação.
É profundo, tem força, vai ao cosmo enlaçado pelo tempo medido, e retorna no corpo que se faz presente verdadeiramente a sua frente.
Gostei muito.
Abraços.
Sady
Postar um comentário