quarta-feira, 23 de abril de 2008

Noite atípica

Dona Lurdes xingou o motorista do caminhão de lixo.
Seu Otávio pensou que teria um infarto.
Jorge gritou gol do Corinthians.
Para Luquinha, era o bicho-papão.
Rubens elogiou a potência do home theater.
Mariana enalteceu o desempenho do Marcão.
Fernando jurou largar a bebida.
Alice desejou mais drogas.
Pedro culpou o vizinho de cima.
Carlos pisoteou o inquilino de baixo.
Tavares temeu por um acidente aéreo.
Para Moreira, só podia ser um disco voador.
Roberto ligou a TV.
Maria desligou a máquina de lavar.
Luiz correu para sacar dinheiro.
Cíntia desceu as escadas de camisola.
Leonardo temeu pela queda na bolsa.
Clara largou a bolsa e abraçou os filhos.
Junior bateu palminhas.
Aninha não parava de chorar.
Joca deu um bofetão na esposa mentirosa.
Leandro correu para pegar o telescópio.
Hector viu as letras pularem do livro.
Rita tirou a roupa e pôs-se a gritar.
Mãe Joana benzeu a casa.
Felipe virou-se para o outro lado e dormiu.

Passado o susto, a diretoria do São Paulo acusa os palmeirenses de mais uma armação. Já o povo jura que os culpados são o pai e a madrasta de Isabella. Para o presidente Lula, nem um terremoto pode abalar a economia brasileira.

4 comentários:

Claudia disse...

Concordo principalmente com a parte do São Paulo: foi armação. *rs*. Adorei o texto, bem humorado.
Beijos. Clau*

Anônimo disse...

Vivemos, ou não, em um país democrático? Meus comentários foram censurados.

Bambicidia neles!

Nanete Neves disse...

Quem diria, Renato, por trás desse jeitinho sério tem um autor de humor refinado, atualizado, conciso. Gostei do estilão, parabéns!

Olga disse...

Renato, depois da hilária declaração do estudado "Alrelho" para sua "Cecília", você volta com graça reforçada, estilo moderno e inteligente! Invejo sua facilidade em ressaltar o bom humor da vida! Abraços!